quinta-feira, 7 de novembro de 2013

JAT FIGURINOS | À ESPERA DE GODOT

na imagem parte do figurino de LUCKY


“Sinto-lhe por vezes a aproximação, apesar de tudo. E fico estranho.”
Didi e Gogo aguardam em dois actos a vinda daquele incerto Godot que Beckett sempre se recusou a identificar com a divindade, para realçar, não a finalidade da espera, mas o que se produz enquanto ela decorre. Logo em 1952, data da sua estreia, foi perceptível que a parábola bíblica ou farsa clownesca intitulada À Espera de Godot se oferecia à época e à cultura como a sua fábula mais poderosa e significativa. Voltando-se repetidamente para a árvore em que não acabam por se enforcar, enquanto tentam conferir sentido à sua espera, Didi e Gogo dão a ver a situação característica do homem do nosso tempo: uma situação incapaz de se traduzir em significado porque nela se joga uma vida já sem significado; um homem cuja vida é apenas o que resulta de não haver suicídio.
Godot é, apesar de tudo,  a esperança de qualquer coisa que está para vir. Estamos sempre à espera de Godot. Nada a fazer.

À ESPERA DE GODOT 
DE SAMUEL BECKETT
Tradução e dramaturgia Francisco Luís Parreira
Direcção Carlos Pimenta
Cenografia João Mendes Ribeiro
Assistência de Cenografia Ana Feijão
Assistência de Encenação Vânia Mendes
Figurinos José António Tenente
Desenho de luz José Álvaro Correia

Interpretação Ivo Alexandre, Jorge Pinto, António Durães, António Parra e Leandro Havelda


SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL
14 A 17 DE NOVEMBRO
QUINTA A SÁBADO ÀS 21H; DOMINGO ÀS 17H30
SALA PRINCIPAL
M/12
Duração: 2h10 com intervalo 
€12 a €15 (com descontos €5 a €10,50)
Co-produção Pracena/Ensemble - Sociedade de Actores e São Luiz Teatro Municipal
colaboração do Teatro Nacional São João

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