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quarta-feira, 2 de agosto de 2017
JAT FIGURINOS | ENTREVISTA | ONE WORLD #5 SUMMER 2017
José António Tenente entrevistado por Carla Caramujo para a
revista
One World, que tem como tema central desta edição, o Teatro !!!
quarta-feira, 24 de maio de 2017
JAT | ENTREVISTAS | REVISTA YVI
José António Tenente nos destaques da revista digital YVI
"José António Tenente é um dos nomes incontornáveis da
moda made in Portugal, as suas colecções eram sempre aguardadas com grande
expectactiva na Moda Lisboa, até que houve um momento em que gradualmente
trocou os holofotes das passarelas pelas luzes dos palcos e nunca mais
parou." Yvette Vieira
leia mais AQUI
terça-feira, 5 de julho de 2016
JAT | WHAT'S UP - OLHAR A MODA
José António Tenente esta manhã no Museu Nacional do Traje, para a gravação de
uma reportagem para 'What's up - olhar a moda', um programa da APPICCAPS
transmitido quinzenalmente na RTP2, nos segundo e último domingo de cada mês.
A gravação de hoje fará parte do programa do dia 14 de Agosto.
segunda-feira, 20 de junho de 2016
JAT | DÉJÀ LU
José António Tenente esta manhã na livraria Déja Lu para
gravar um apontamento de reportagem para o programa Literatura Aqui, que irá
para o ar na próxima 3a feira, dia 21, por volta das 23h, na RTP 2.
A DÉJÀ LU é uma livraria solidária, instalada no primeiro
andar do restaurante Taberna da Praça na Fortaleza da Cidadela de Cascais,
cujas receitas revertem na íntegra para a Associação Portuguesa de Portadores
de Trissomia 21.
São padrinhos da Déjà Lu, Anabela Mota Ribeiro, Beatriz
Batarda; Bruno Nogueira, Carlos Vaz Marques, Isabel Lucas, João Miguel Tavares,
José António Tenente, Laurinda Alves, Leonor Silveira, Mário Laginha, Miguel
Somsen, Nuno Artur Silva, Patrícia Reis e Pedro Rolo Duarte.
Saiba mais sobre a DÉJÀ LU
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
JAT | REVISTA LUX
José António Tenente hoje em entrevista na revista LUX
edição nº 769 | 26 de Janeiro de 2015
Texto | Vanessa Cruz
Fotografias | Artur Lourenço
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
JAT FIGURINOS | LADY SARASHINA | MAIS MULHER | HOJE !!!
Hoje às 17h30 no programa 'MAIS MULHER' da SIC Mulher, Ana Rita Clara conversa com Rui Campos Leitão e José António Tenente
sobre LADY SARASHINA de Peter Eötvös que estreará em Portugal já na próxima 6ª feira dia 24.
sobre LADY SARASHINA de Peter Eötvös que estreará em Portugal já na próxima 6ª feira dia 24.
LADY SARASHINA, Peter Eötvös
24, 25 e 26 Outubro
São Luiz Teatro Municipal, Lisboa
ORQUESTRA METROPOLITANA
PEDRO AMARAL . direcção
Lady Sarashina | Imai Ayane . soprano
Carla Caramujo . soprano
Cátia Moreso . mezzo-soprano
Peter Bording . barítono
Rares Zaharia . encenação
José António Tenente . figurinos
terça-feira, 21 de outubro de 2014
JAT FIGURINOS | LADY SARASHINA | IMPÉRIO DOS SENTIDOS | ANTENA 2
Pedro Amaral e José António Tenente estarão amanhã na Antena 2 no programa Império dos Sentidos, de Paulo Alves Guerra.
As 8h30 !!! em directo
LADY SARASHINA de Peter Eötvös
24, 25 e 26 Outubro
ORQUESTRA METROPOLITANA
PEDRO AMARAL . direcção
Lady Sarashina | Imai Ayane . soprano
Carla Caramujo . soprano
Cátia Moreso . mezzo-soprano
Peter Bording . barítono
Rares Zaharia . encenação
José António Tenente . figurinos
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
JAT | FLASH VIDAS | CMTV
Imagens de bastidores captadas ontem antes e depois da entrevista no programa 'Flash Vidas' do canal CM TV
no qual José António Tenente foi o convidado.
O 'depois' com a apresentadora do programa, Lara Afonso
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
JAT | FLASH VIDAS | CMTV | HOJE !!!
José António Tenente será o convidado do programa 'Flash Vidas' do canal CMTV hoje em directo a partir das 18h15
sexta-feira, 16 de maio de 2014
JAT | ANABELA MOTA RIBEIRO
José António Tenente entrevistado por Anabela Mota Ribeiro para o catálogo da exposição 'Assinado por Tenente', realizada no Mude - Museu do Design e da Moda entre Outubro de 2010 e Fevereiro de 2011.
O catálogo foi apresentado no decurso da exposição a 25 de Novembro, e é daquele momento a foto 'feliz' que Anabela Mota Ribeiro publicou no seu facebook para divulgar esta entrevista que agora partilhou no seu blogue.
"Do que falamos quando falamos de José António Tenente? Falamos do canto barroco de Cecilia Bartoli, da leitura arrebatada de Ligações Perigosas, da sensualidade carnal da seda lilás sobre a pele, do desenho gráfico e rigoroso de um casaco de inverno? Falamos de referências que vão da dança à pintura, do aprumo luxuoso de Givenchy dos anos 50 à espectacularidade de Gaultier nos anos 80? Falamos da radicalidade sombria do inverno, da luminosidade revigorante do verão? José António Tenente é um designer que não poderia existir apenas nas páginas de um calendário de moda. A amplitude do seu mundo, das suas referências, é imensa.
Conversámos numa manhã de um dia carregado, no atelier, entre dezenas de peças, charriots carregados. Por esses dias, Tenente dedicava-se ainda à tarefa ciclópica de separar peças da sua história que pudessem dialogar com as peças que escolheu no acervo do MUDE. Como seleccionar?, como conjugar?, como dizer as coisas que ele quer dizer?
Perceber os mecanismos da escolha, perceber quem ele é, quem foi sendo, como trabalha, e a razão porque escolhe umas peças e não outras, porque faz umas peças e não outras, foi o ponto de partida para a conversa. Ficam algumas pistas do seu processo criativo. Fica uma resposta possível à pergunta inicial." Anabela Mota Ribeiro
leia a entrevista aqui
quinta-feira, 6 de março de 2014
JOSÉ ANTÓNIO TENENTE | DIÁRIO NOTÍCIAS
José António Tenente hoje nas edições impressa e online do Diário de Notícias
Esta entrevista foi realizada no Teatro Camões na sala de guarda-roupa da Companhia Nacional de Bailado. Em fundo as peças que criou para 'O lago dos cisnes' estreada em Fevereiro de 2013.
José António Tenente agradece o acolhimento da CNB e as facilidades concedidas
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
JAT ENTREVISTA | EUROPEANA FASHION
JAT EM ENTREVISTA A EUROPEANA FASHION
27 NOVEMBRO 2013
27 NOVEMBRO 2013
Em 2010, no âmbito do Creative Lab, foi convidado a realizar uma exposição no MUDE – Museu do Design e da Moda, Colecção Francisco Capelo, Assinado por Tenente, que dava a conhecer o seu processo criativo. Foi-lhe proposto o desafio de assumir o papel de curador colocando em confronto peças emblemáticas da história da moda, pertencentes à colecção do Museu, e o seu próprio trabalho. Como foi a experiência e o que descobriu ao longo do trabalho de concepção da exposição?
A 'curadoria' surgiu na
sequência da minha proposta de apresentar o meu processo criativo
partindo da colecção do Museu. Desde a primeira visita às reservas,
foi claro que a minha selecção de peças da colecção Francisco
Capelo se poderia organizar por núcleos temáticos e que as suas
características encontrariam paralelo com algumas das linhas mais
determinantes no meu trabalho. Mais do que uma escolha objectiva,
orientada por critérios de importância histórica ou de cobertura
do vasto leque da colecção, a minha selecção foi sempre muito
emocional. Na verdade, fui dando conta que as peças que ia
escolhendo eram as que tinham mais relação com o meu imaginário e
consequentemente também com o meu trabalho. E assim a exposição
foi ganhando forma a partir da 'razão' que representa o corte e
construção, da 'emoção', o lado mais teatral, da 'devoção', os
detalhes e minúcia e da 'paixão', a cor. Quatro núcleos
temáticos, que encontram equivalente no meu trabalho e que talvez
representem as características fundamentais da 'minha assinatura’.
A exposição acabou por ser tornar um exercício que me 'obrigou' a
elaborar e racionalizar sobre o meu processo criativo, com a
distância e a objectividade possível, o que enquanto ele decorre é
mesmo impossível.
Quais as
peças e criadores presentes no espólio do MUDE que são para si
grandes referências e porquê?
Aquela incursão
privilegiada deu-me oportunidade de ver muitas peças para além dos
'highlights' incontornáveis e até de conhecer autores que conhecia
menos bem, ou que não conhecia de todo... No entanto, os
incontornáveis não ostentam esse adjectivo ao acaso e alguns
originais Balenciaga e Dior dos anos 50 e 60 são extraordinários
pelo corte, forma, volume... e também pelo que representam da
elegância feminina da época. Noutros registos e épocas diferentes,
Jean-Paul Gaultier, Christian Lacroix, Alexander McQueen ou Yohji
Yamamoto, estão muito bem representados na colecção com peças
muito significativas das suas identidades criativas.
Como
classificaria a colecção de moda do MUDE – Museu do Design e da
Moda, Colecção Francisco Capelo?
Muito boa mesmo. Cobre um
vastíssimo conjunto de criadores em várias épocas do séc XX,
sobretudo a partir do final dos anos 30 e com uma particular
incidência no plano criativo francês, ou feito a partir de França,
por exemplo, belgas e japoneses que tradicionalmente ali se
apresentaram. Tem um percurso histórico muito significativo e também
uma forte presença da contemporaneidade. É uma colecção muito
viva, interessante e que se tem apresentado ao público com uma
dinâmica muito apelativa.
O
projecto Europeana Fashion tem como grande objectivo a criação de
um portal que pretende colocar em rede museus europeus onde a moda é
o denominador comum, disponibilizando os seus acervos on line.
Consideramos que este projecto é muito importante na
internacionalização do MUDE – Museu do Design e da Moda, Colecção
Francisco Capelo e na consolidação do trabalho que temos vindo a
realizar. De que forma vê esta participação e qual a importância
que ela poderá vir a ter na divulgação internacional da moda e dos
criadores portugueses?
Será com certeza uma
plataforma privilegiada para apresentar a colecção
internacionalmente e obviamente dar também a conhecer no contexto de
uma colecção museológica os criadores nacionais que nela estão
representados. Para o público, e sobretudo para o mais
especializado, será certamente uma mais valia poder ter acesso ao
acervo on line, estudar, planear visitas, etc...
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
JAT NO BLOG ANABELA MOTA RIBEIRO
Durante as férias recebemos o link para o texto que AMR partilhou no
seu blogue a 19 de Agosto e que foi originalmente publicado no Jornal de
Negócios no Verão de 2010.
Sobre o blogue
"Conheci pessoas extraordinárias. Ouvi as suas histórias, os seus caminhos, as escolhas. Achei que talvez valesse a pena sistematizar esses encontros (que resultaram em entrevistas), e reuni-los num sítio onde estivessem sempre disponíveis, nas versões integrais (que, no essencial, coincidem com as versões publicadas em papel).
Há anos (são mais de 15 e menos de 20) que escrevo para jornais e revistas. Mais do que tudo, fiz entrevistas. Faço perguntas porque quero saber as respostas. Também porque é mais fácil a um jornalista freelance exercitar esse músculo. Mas pode ser que isto seja apenas uma parte, e não a mais significativa, da verdade. Talvez faça sobretudo entrevistas porque gosto de conhecer as pessoas num cenário de um para um, concentrar-me nelas, em quem são, ouvir a narrativa que fazem de si próprias.
(...)"
Anabela Mota Ribeiro
Sobre o blogue
"Conheci pessoas extraordinárias. Ouvi as suas histórias, os seus caminhos, as escolhas. Achei que talvez valesse a pena sistematizar esses encontros (que resultaram em entrevistas), e reuni-los num sítio onde estivessem sempre disponíveis, nas versões integrais (que, no essencial, coincidem com as versões publicadas em papel).
Há anos (são mais de 15 e menos de 20) que escrevo para jornais e revistas. Mais do que tudo, fiz entrevistas. Faço perguntas porque quero saber as respostas. Também porque é mais fácil a um jornalista freelance exercitar esse músculo. Mas pode ser que isto seja apenas uma parte, e não a mais significativa, da verdade. Talvez faça sobretudo entrevistas porque gosto de conhecer as pessoas num cenário de um para um, concentrar-me nelas, em quem são, ouvir a narrativa que fazem de si próprias.
(...)"
Anabela Mota Ribeiro
JOSÉ ANTÓNIO TENENTE . QUESTIONÁRIO PROUST
Proust disse que
uma necessidade de ser amado e cuidado era a sua característica mais
marcante. Mais do que ser admirado. Qual é a sua?
JAT Vou distribuir um questionário para chegar a essa conclusão...
Qual é a qualidade que mais aprecia num homem? Proust falou de "charme feminino"...
JAT Verticalidade, sensibilidade e bom senso.
E numa mulher? Ele mencionou "franqueza na amizade" – golpe baixo para as mulheres ou sagaz comentário?
JAT As mesmas. Porque haveriam de diferir?
Ternura, desde que acompanhada de um charme físico..., era o valor mais precioso nas amizades de Proust. E nas suas?
JAT Verdade, afecto e humor.
Vontade fraca e incapacidade para entender, foi a resposta que deu quando lhe perguntaram qual era o seu principal defeito. Partilha destes defeitos? E que outros pode apontar?
JAT Pois a minha vontade também não é muito forte, o que faz com que a inércia, a preguiça e defeitos do género persistam em incomodar-me.
Qual é a sua ocupação favorita? Amar, disse ele...
JAT A minha. Para além dessa, que me parece uma excelente resposta e ocupação, seria conhecer verdadeiramente o mundo.
Qual é o seu sonho de felicidade? A resposta de Proust é esquiva: não fala de molhar madalenas no chá e diz que não tem coragem de o revelar... Mas que não é grandioso e que se estraga se for posto em palavras. O que é que compõe o seu quadro de felicidade?
JAT Amor, contemplar um mar tranquilo, dias na praia, sentir a felicidade nos outros.
O que é que na sua cabeça seria a maior das desgraças? Proust respondeu, aos 20 anos: "Nunca ter conhecido a minha mãe e a minha avó". Mas aos 13 respondeu apenas quando lhe perguntaram pela maior dor: "Ser separado da mamã".
JAT Não gosto muito de hierarquizar desgraças. Há tantas que podem ser tão dolorosas que não gosto de pensar nisso.
Quando lhe perguntaram o que é que gostaria de ser, respondeu: "Eu mesmo", aos 20, e Plínio, o Novo, aos 13. As suas respostas seriam diferentes? Quem gostaria de ter sido aos 13 anos? E agora?
JAT Um miúdo muito mais aventureiro e extrovertido. E agora mantém-se a ‘ambição’ com a diferença de ser um ‘miúdo’ mais ‘crescido’.
Proust gostaria de viver num país onde a ternura e os sentimentos fossem sempre correspondidos. O país onde gostaria de viver existe deveras? Onde fica?
JAT Sou muito perfeccionista e por isso encontro muitos defeitos em todo o lado. O problema maior é o que nós, Homens, fazemos dos países. Sem isso, qualquer poderia ser ideal.
Quais são os seus escritores preferidos? No momento em que respondeu, Proust lia com especial prazer Anatole France e Pierre Loti.
JAT Variam conforme as fases da vida e mesmo dos dias. Shakespeare, Eça, Oscar Wilde, Ian McEwan…
E os poetas? Ele mencionou dois, e um deles faz parte das listas eternas: Baudelaire
JAT Não gosto de poesia. Pois, é um defeito do qual me esqueci há pouco.
Qual é o seu herói de ficção preferido? Aos 13 anos, Proust falou de Sócrates e Maomé como figuras históricas de eleição... E aos 20, referindo-se às mulheres, elegeu Cleópatra.
JAT Faz o ‘bem sem olhar a quem’, combate a corrupção, vê e ouve para lá do real… É O Super-Homem!!! (apesar de não gostar muito do outfit)
Quem é o seu compositor preferido? Aos 13 anos, escreveu Mozart, aos 20 Beethoven, Wagner, Schumann. Mas Proust não podia conhecer Tom Jobim ou Cole Porter...
JAT Esta, para mim, é sempre das questões mais complicadas. Imagino-me perante uma ‘catástrofe’ a ter que decidir salvar apenas um entre BACH, VIVALDI, CALDARA, HANDEL, MOZART, etc… Não sei se eu me salvaria…
Proust não foi contemporâneo de Rothko. E escolheu Da Vinci e Rembrandt como pintores favoritos.
JAT Eu também passo bem sem Rothko. A renascença italiana, a pintura inglesa do séc.XVIII ou a escola flamenga do séc XVII chegam-me.
Quem são os seus heróis da vida real? Ele apontou dois professores.
JAT Os meus são aquelas pessoas que sabem na hora qual o seu ideal de felicidade e o perseguem.
"Das minhas piores qualidades", respondeu o escritor da "Recherche" quando lhe perguntaram do que gostava menos. E no seu caso?
JAT De não ter a ‘vontade forte’ para tirar a carta de condução.
Que talento natural gostaria de ter? As respostas de Proust são óptimas: "Força de vontade e charme irresistível"!
JAT Sem dúvida o musical.
Como gostaria de morrer? "Um homem melhor do que sou, e mais amado".
JAT Com estas respostas, o que acrescentar?... No entanto, neste caso até retiraria o mais amado (tenho muita sorte). Ficaria muito feliz se conseguisse ter a consciência de que melhorei.
Qual é o seu actual estado de espírito? "Aborrecido. Por ter que pensar acerca de mim mesmo para responder a este questionário". Pensar em quem é traz-lhe aborrecimento?
JAT Confesso que algum, mas por outro lado é bom obrigarmo-nos (ou obrigarem-nos) a isso de vez em quando. Adiciona-nos perspectiva.
Proust era condescendente em relação às faltas que conseguia compreender. Quais são aquelas que irreleva?
JAT A mentira e as faltas de educação e de profissionalismo.
Por fim, preferiu não responder qual era o seu lema, temendo que isso lhe trouxesse má sorte... É supersticioso como Proust? O que é que o faz correr?
JAT Não sou supersticioso e corro pouco, o que aliás, com a idade, me está a preocupar…
JAT Vou distribuir um questionário para chegar a essa conclusão...
Qual é a qualidade que mais aprecia num homem? Proust falou de "charme feminino"...
JAT Verticalidade, sensibilidade e bom senso.
E numa mulher? Ele mencionou "franqueza na amizade" – golpe baixo para as mulheres ou sagaz comentário?
JAT As mesmas. Porque haveriam de diferir?
Ternura, desde que acompanhada de um charme físico..., era o valor mais precioso nas amizades de Proust. E nas suas?
JAT Verdade, afecto e humor.
Vontade fraca e incapacidade para entender, foi a resposta que deu quando lhe perguntaram qual era o seu principal defeito. Partilha destes defeitos? E que outros pode apontar?
JAT Pois a minha vontade também não é muito forte, o que faz com que a inércia, a preguiça e defeitos do género persistam em incomodar-me.
Qual é a sua ocupação favorita? Amar, disse ele...
JAT A minha. Para além dessa, que me parece uma excelente resposta e ocupação, seria conhecer verdadeiramente o mundo.
Qual é o seu sonho de felicidade? A resposta de Proust é esquiva: não fala de molhar madalenas no chá e diz que não tem coragem de o revelar... Mas que não é grandioso e que se estraga se for posto em palavras. O que é que compõe o seu quadro de felicidade?
JAT Amor, contemplar um mar tranquilo, dias na praia, sentir a felicidade nos outros.
O que é que na sua cabeça seria a maior das desgraças? Proust respondeu, aos 20 anos: "Nunca ter conhecido a minha mãe e a minha avó". Mas aos 13 respondeu apenas quando lhe perguntaram pela maior dor: "Ser separado da mamã".
JAT Não gosto muito de hierarquizar desgraças. Há tantas que podem ser tão dolorosas que não gosto de pensar nisso.
Quando lhe perguntaram o que é que gostaria de ser, respondeu: "Eu mesmo", aos 20, e Plínio, o Novo, aos 13. As suas respostas seriam diferentes? Quem gostaria de ter sido aos 13 anos? E agora?
JAT Um miúdo muito mais aventureiro e extrovertido. E agora mantém-se a ‘ambição’ com a diferença de ser um ‘miúdo’ mais ‘crescido’.
Proust gostaria de viver num país onde a ternura e os sentimentos fossem sempre correspondidos. O país onde gostaria de viver existe deveras? Onde fica?
JAT Sou muito perfeccionista e por isso encontro muitos defeitos em todo o lado. O problema maior é o que nós, Homens, fazemos dos países. Sem isso, qualquer poderia ser ideal.
Quais são os seus escritores preferidos? No momento em que respondeu, Proust lia com especial prazer Anatole France e Pierre Loti.
JAT Variam conforme as fases da vida e mesmo dos dias. Shakespeare, Eça, Oscar Wilde, Ian McEwan…
E os poetas? Ele mencionou dois, e um deles faz parte das listas eternas: Baudelaire
JAT Não gosto de poesia. Pois, é um defeito do qual me esqueci há pouco.
Qual é o seu herói de ficção preferido? Aos 13 anos, Proust falou de Sócrates e Maomé como figuras históricas de eleição... E aos 20, referindo-se às mulheres, elegeu Cleópatra.
JAT Faz o ‘bem sem olhar a quem’, combate a corrupção, vê e ouve para lá do real… É O Super-Homem!!! (apesar de não gostar muito do outfit)
Quem é o seu compositor preferido? Aos 13 anos, escreveu Mozart, aos 20 Beethoven, Wagner, Schumann. Mas Proust não podia conhecer Tom Jobim ou Cole Porter...
JAT Esta, para mim, é sempre das questões mais complicadas. Imagino-me perante uma ‘catástrofe’ a ter que decidir salvar apenas um entre BACH, VIVALDI, CALDARA, HANDEL, MOZART, etc… Não sei se eu me salvaria…
Proust não foi contemporâneo de Rothko. E escolheu Da Vinci e Rembrandt como pintores favoritos.
JAT Eu também passo bem sem Rothko. A renascença italiana, a pintura inglesa do séc.XVIII ou a escola flamenga do séc XVII chegam-me.
Quem são os seus heróis da vida real? Ele apontou dois professores.
JAT Os meus são aquelas pessoas que sabem na hora qual o seu ideal de felicidade e o perseguem.
"Das minhas piores qualidades", respondeu o escritor da "Recherche" quando lhe perguntaram do que gostava menos. E no seu caso?
JAT De não ter a ‘vontade forte’ para tirar a carta de condução.
Que talento natural gostaria de ter? As respostas de Proust são óptimas: "Força de vontade e charme irresistível"!
JAT Sem dúvida o musical.
Como gostaria de morrer? "Um homem melhor do que sou, e mais amado".
JAT Com estas respostas, o que acrescentar?... No entanto, neste caso até retiraria o mais amado (tenho muita sorte). Ficaria muito feliz se conseguisse ter a consciência de que melhorei.
Qual é o seu actual estado de espírito? "Aborrecido. Por ter que pensar acerca de mim mesmo para responder a este questionário". Pensar em quem é traz-lhe aborrecimento?
JAT Confesso que algum, mas por outro lado é bom obrigarmo-nos (ou obrigarem-nos) a isso de vez em quando. Adiciona-nos perspectiva.
Proust era condescendente em relação às faltas que conseguia compreender. Quais são aquelas que irreleva?
JAT A mentira e as faltas de educação e de profissionalismo.
Por fim, preferiu não responder qual era o seu lema, temendo que isso lhe trouxesse má sorte... É supersticioso como Proust? O que é que o faz correr?
JAT Não sou supersticioso e corro pouco, o que aliás, com a idade, me está a preocupar…
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
JAT | MAXIMA | LIÇÃO 2012
revista MÁXIMA edição Janeiro 2013
À pergunta de Rita Lúcio Martins sobre o que aprendeu este ano, José António Tenente respondeu:
"Não sei se aprendi alguma lição este ano, talvez tenha apenas reconfirmado a necessidade absoluta de colocar tudo em perspetiva, definir prioridades e dar valor ao que realmente interessa. Talvez a 'meia idade' também contribua para esta noção de ter que tirar o melhor partido do que se faz e tem, sem nos perdermos com minudências. A verdade é que nunca há tempo, mas estamos sempre a tempo."
terça-feira, 4 de setembro de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
JAT | AMOR PERFEITO e ROMEU E JULIETA | 5 SENTIDOS RTP1
JAT em entrevista ao programa 'Cinco Sentidos' RTP1
AMOR PERFEITO e ROMEU E JULIETA na CNB
Dias 17,18 às 21h e 19 às 16h . Teatro Camões . Lisboa
AMOR PERFEITO à venda no Teatro Camões durante o período de apresentação deste espetáculo
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
JAT | entrevista no Sapo Mulher

"Entrevista com José António Tenente
Criador de renome, revela-se um homem de negócios muito atento ao mercado. Numa época em que multidões enfrentam filas e listas de espera para comprar os seus presentes de Natal, o estilista preferido de Bárbara Guimarães deixa aqui uma proposta tentadora: basta clicar na sua loja online (www.lojatenente.com) e os internautas poderão aceder a uma vasta gama de produtos para todos os gostos e carteiras. Saiba tudo nesta conversa de Sapo Mulher com José António Tenente."
Criador de renome, revela-se um homem de negócios muito atento ao mercado. Numa época em que multidões enfrentam filas e listas de espera para comprar os seus presentes de Natal, o estilista preferido de Bárbara Guimarães deixa aqui uma proposta tentadora: basta clicar na sua loja online (www.lojatenente.com) e os internautas poderão aceder a uma vasta gama de produtos para todos os gostos e carteiras. Saiba tudo nesta conversa de Sapo Mulher com José António Tenente."
Entrevista: Joana Côrte-Real
Fotos: Bruno Raposo/SapoMulher
Fotos: Bruno Raposo/SapoMulher
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