segunda-feira, 31 de março de 2014

JAT FIGURINOS | KW | ADRIANA QUEIROZ


José António Tenente está a iniciar o processo criativo 

para os figurinos do espectáculo 'KW' de Adriana Queiroz

"Esta viagem que agora começa partiu de um gosto mútuo, do César Viana e meu, pelo diversificado universo musical deste compositor que tendo como influências Mahler, Stravinsky e Schoenberg, tem um enorme gosto pelo teatro musical e o jazz, a ópera e o teatro épico. A obra vastíssima e cheia de contrastes que nos deixou associa todos estes géneros com a tradição musical de cada país por onde passou. Como disse o poeta negro Langston Hughes “(...) se ele tivesse partido para a Índia teria composto
musica indiana notável ... É por isto que a Alemanha pode considerar Weill um compositor alemão, a França como francês, a América como americano, e eu como um negro.”

É nesta diversidade musical de Weill e nesta viagem/fuga que foi a sua vida e obra que vive o mundo deste concerto. Percorrer os 3 países e idiomas que Weill abraçou como seus, não fugir à inerente teatralização de que vivem os seus temas, repensar as suas dissonâncias, iluminar a realidade destes temas e das suas histórias criando a nossa verdade sonora e emocional no seu mundo.

Percorreremos no período alemão de Kurt Weill temas de “Aufstieg und Fall der stadt Mahagonny”, “Der Dreigroschenoper” e “Happy End” todos escritos em parceria com Bertolt Brecht. No período francês “Marie Galante” em parceria com Roger Fernay e Jacques Deval e algumas canções com letras de Maurice Magre. No período americano o universo de “One touch of Venus” (Odgen Nash), “Lost in the stars” (Maxwell Anderson) e “Lady in the dark” (Moss Hart e Ira Gershwin). 

Será neste mundo, com a orquestra de cordas do Concerto Moderno, arranjos e música original de César Viana, concepção e dramaturgia minha e de Vicente Alves do Ó, desenho de luz de Helena Gonçalves, apoio vocal de Luís Madureira e ainda figurinos de José António Tenente que o César, o Vicente e eu tentaremos repensar o mundo maravilhosamente dissonante e melodicamente atractivo de Kurt Weill."
Adriana Queiroz

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