Leitura do texto, leituras complementares, pesquisa, conversa(s) com a encenadora, ensaios, discussão em equipa… foi o processo de trabalho de José António Tenente na criação de ‘O meu irmão. Théo e Vincent van Gogh”
“Numa primeira conversa com a Teresa Faria, após a leitura do texto, e em
resposta ao seu ‘guião’ cena a cena, apresentei-lhe algumas ideias e propostas
definidas conceptualmente em função da ‘chave’ de cada cena. Entre realismo e
estilização, a imagem sugere época mas sem reconstituição histórica, apenas com
detalhes. Diferentes peças, ou o modo de as vestir e acessórios, poucos, vão criando
as mudanças. Da formalidade do encontro com a mãe, para o ‘tempo dos ninhos’ da
infância, do confronto do diálogo Théo/Vincent para a intimidade do ‘conto de
Andersen’, do trabalho para a sedução de Pigalle e a elegância da exposição,
depois para a crise até à loucura. Vestindo ou despindo casaco e colete,
arregaçando as calças simulando calções, vestindo apenas ‘meio casaco’ ou um ‘guarda-pó’,
usando uma gravata, o único apontamento de cor subtil, casaco, luvas e bengala,
apenas camisa, corpo nu, camisa/colete de forças. Uma aposta na ‘economia’ de
efeitos através de um figurino único, a ‘preto e branco’, que se vai
(des)construindo a cada ‘quadro’ do espectáculo.” JAT
ATÉ 18 DE ABRIL | HOJE E AMANHÃ | 21H00
São Luiz Teatro Municipal Teatro-Estúdio Mário Viegas
O Meu Irmão. Théo e Vincent Van Gogh
A partir da obra de Judith Perrignon
Tradução: José Mário Silva
Encenação e dramaturgia: Teresa Faria
Apoio à dramaturgia: João Maria André
Interpretação: Sérgio Praia
Cenografia: Rita Abreu
Figurinos: José António Tenente
Desenho de luz: Nuno Meira
Consultor para a música: Luís do Amaral Alves
Construção de cenário: Jorge Caiado
Fotografia: Rita Carmo
Assistente de produção: Cláudia do Vale
Co-Produção: Margarida Mendes Silva e São Luiz Teatro Municipal
Apoio: Hotel Borges
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